Pode discutir política no trabalho? Veja cuidados para não afetar o emprego

Governo ou oposição. Petralha ou coxinha. Impeachment ou golpe. As polêmicas no campo político têm dividido os debates (e a população brasileira em geral). Isso foi agravado nas últimas semanas, com a condução coercitiva do ex-presidente Lula pela Polícia Federal, o pedido de prisão dele e as manifestações do último domingo (13).
Mas será que essas discussões podem ir para o ambiente de trabalho?
Para Silmara Santos Adad, supervisora do curso de Etiqueta e Comportamento Corporativo do Centro Europeu, escola com cursos profissionalizantes, não há problema em falar sobre política no trabalho. "É um assunto inevitável. Afeta a vida de cada um de nós. Tudo pode ser abordado, dependendo da forma", afirma.
A consultora de comportamento organizacional Lícia Egger concorda. "Eu acredito que neste momento não podemos desestimular pessoas a se colocarem. Estamos aprendendo o exercício político. É importante que não tenham medo de falar, mas saibam se colocar com maturidade, educação e respeito ao outro", diz.
Paixão pode cegar
As especialistas defendem que o mais importante é manter o respeito e a educação à opinião dos outros. Caso contrário, isso pode prejudicar sua imagem no ambiente de trabalho.
"A parte comportamental respinga na profissional. a uma imagem radical, de que não sabe dialogar, não respeita a opinião do outro", afirma Silmara Adad.
"As pessoas muito ionais, muito apaixonadas, têm tendência a serem vistas dessa forma, que não têm meio-termo, não têm tranquilidade. A paixão pode levar ao pecado de cegar o olhar", diz Lícia Egger.
Fale só na hora certa
Além da forma, antes de se posicionar sobre um assunto político é preciso saber se o ambiente permite isso. "A manifestação é direito de todos, o que precisa é ter senso de oportunidade, perceber o que é próprio do momento", diz Lícia Egger.
Ela afirma que é preciso ter atenção ao ambiente, principalmente em um lugar onde as opiniões são diferentes da sua. "Sempre que alguém opina de maneira contrária, a tendência é o outro não gostar", diz. Ela compara com uma discussão sobre futebol. Cada um tem o seu time, e é inútil tentar convencer o outro a mudar.
"Se seu chefe tem opinião totalmente diferente da sua, pode ser melhor ficar quietinho", diz Adad. "Às vezes não precisa falar, perceba o ambiente. Por que vou levantar uma bandeira, colocar o holofote em mim">var Collection = { "path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/economia/empregos-e-carreiras//data.json", "channel" : "empregos e carreiras", "central" : "economia", "titulo" : "Empregos e carreiras ", "search" : {"tags":"9149"} };